Manifesto Poético
I
A boca procura significado, mas circular, é vício que turva; embora o ser sejamos, perpétuo, a língua assim consciência, consciência-linguagem, alfim, tautológica, chega-nos em que perece, parece e nada se faz; no espelho a carne é palavra, palavra-carne, decomposição.
Cada palavra cruzada
Cada grama vertido em corpo
Cada corte um grito que desaba no silêncio
A pele é abismo
II
diviso, além, onde o fim?, à tona o étimo primordial, a fundação do corpo, a verdade inominável, virá?, esvai, mais ao fundo, esvai, uno tornando-se múltiplo, a própria face noutra face, noutro ventre, uma nova língua, onde o fim?, esvai...
III
adentro solidão, outro
inverso , a matéria
refletida;
igual miragem
___
Pretende-se aqui desenvolver, portanto, a partir do layout dos crucigramas (palavras-cruzadas), um estilo cujas obras transmutem o verbo em material simbólico, fragmentado.
Sendo a escolha desse modelo específico baseada nos seguintes critérios:
*universalidade (sem necessidade de conhecimento prévio ou explicações, sem limitações idiomáticas);
*que remeta, porém, à palavra;
*relação direta ou indireta com arquitetura, design, psicologia (behaviorismo), ludicidade;
*possibilidade de ser expandido para outros meios, suportes, ou/e outras formas de arte.
Sendo a escolha desse modelo específico baseada nos seguintes critérios:
*universalidade (sem necessidade de conhecimento prévio ou explicações, sem limitações idiomáticas);
*que remeta, porém, à palavra;
*relação direta ou indireta com arquitetura, design, psicologia (behaviorismo), ludicidade;
*possibilidade de ser expandido para outros meios, suportes, ou/e outras formas de arte.
[Sel]
@selbellapoiese
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